Ontem eu e duas alunas/amigas fizemos uma performance, para a qual fomos contratadas, na festa de final de ano do Hotel James Cook, aqui em Wellington. O tema da festa, embora eles a chamem de “Christmas Party”, era “Arabian Nights”. Nos pediram meia hora de show, o que é um monte (“private functions” normalmente pedem 15-20 minutos!). Organizamos um apresentação variada, mostrando diversos estilos e diferentes acessórios – véu, taças, snujs – da dança do ventre.
Ao final, a ideia era a gente sair dançando no meio do público e interagir com a mulherada, que inclusive estava vestida com roupas de bellydance, ensinar alguns passinhos, provocá-las a dançar. Essa parte pra mim é o maior desafio! As pessoas não se sentem à vontade pra tentar algo novo, sobretudo num ambiente onde os convidados vinham de diferentes empresas (clientes do hotel) e não se conheciam todos entre si. Não sei se foi por isso ou não, mas quando eu me aproximava de um grupinho e fazia a proposta, sem precisar necessariamente falar, mas com gestos e olhar, elas começavam a me perguntar da gravidez! “Tás de quanto tempo? O bebê gosta de dançar? Sabe se é menino ou menina? Congratulations!!” Ou seja, mal consegui fazer uma menina dançar (que já tinha feito dança do ventre na Alemanha, me disse), isso depois de ela ter feito as usuais perguntas!
Constatei mais uma vez que existe uma “comunidade tácita” de mulheres-mães (digo isso porque acho incrível como as mães se ajudam, passando roupinhas, acessórios, sendo solidárias umas com as outras), que sempre se interessam pelo assunto da gravidez e filhos, e pra quem esse tema vai de fato chamar mais a atenção, seja lá o que for que também esteja presente na situação!
Tanta dedicação à performance, ensaios, planejamento... e foi o Caio que se destacou, pode?!!