quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Caio x dança do ventre

Ontem eu e duas alunas/amigas fizemos uma performance, para a qual fomos contratadas, na festa de final de ano do Hotel James Cook, aqui em Wellington. O tema da festa, embora eles a chamem de “Christmas Party”, era “Arabian Nights”. Nos pediram meia hora de show, o que é um monte (“private functions” normalmente pedem 15-20 minutos!). Organizamos um apresentação variada, mostrando diversos estilos e diferentes acessórios – véu, taças, snujs – da dança do ventre.

Ao final, a ideia era a gente sair dançando no meio do público e interagir com a mulherada, que inclusive estava vestida com roupas de bellydance, ensinar alguns passinhos, provocá-las a dançar. Essa parte pra mim é o maior desafio! As pessoas não se sentem à vontade pra tentar algo novo, sobretudo num ambiente onde os convidados vinham de diferentes empresas (clientes do hotel) e não se conheciam todos entre si. Não sei se foi por isso ou não, mas quando eu me aproximava de um grupinho e fazia a proposta, sem precisar necessariamente falar, mas com gestos e olhar, elas começavam a me perguntar da gravidez! “Tás de quanto tempo? O bebê gosta de dançar? Sabe se é menino ou menina? Congratulations!!” Ou seja, mal consegui fazer uma menina dançar (que já tinha feito dança do ventre na Alemanha, me disse), isso depois de ela ter feito as usuais perguntas!

Constatei mais uma vez que existe uma “comunidade tácita” de mulheres-mães (digo isso porque acho incrível como as mães se ajudam, passando roupinhas, acessórios, sendo solidárias umas com as outras), que sempre se interessam pelo assunto da gravidez e filhos, e pra quem esse tema vai de fato chamar mais a atenção, seja lá o que for que também esteja presente na situação!

Tanta dedicação à performance, ensaios, planejamento... e foi o Caio que se destacou, pode?!!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mexe, mexe


Adoro essa parte de que, à medida que a gravidez avança, mais nítida e fortemente eu posso sentir o Caio se mexer! Tá, já me falaram que quando ele começar a chutar minhas costelas, eu não vou achar assim tão legal! Mas por enquanto tô adorando. Mesmo ele fazendo isso nos horários mais variados! Sim, pode ser de madrugada, às 6h da manhã, no meio da manhã, no meio da tarde, no começo da noite, ou quando deito pra dormir. Quando isso acontece, minha vontade é parar o que quer que eu esteja fazendo e só ficar sentindo ou olhando (pois muitas vezes basta isso) pra minha barriga!

Falando em barriga, claro que a minha agora tem crescido a olhos vistos, como diz o De. Aliás, todos os dias ele se espanta com o tamanho! Hehe Mas afinal, o Caio já tem no mínimo 1 kg e pelo jeito está se desenvolvendo bastante. O fato é que já está difícil colocar meia, sapato, pintar as unhas dos pés, então, esquece! Na última vez que fiz isso, eu tinha que parar a cada unha, pois já não conseguia ficar direto na posição. Me sugeriram pedir pro De pintar! Hahaha Dou risada só de pensar no De pintando minha unha! Imagino o resultado final! Mas quem sabe, se ele topar, um dia a gente tenta? Aí tirarei fotos quando o serviço estiver terminado!

Outra coisa que tenho sentido é cãimbra nas pernas, embora não todos os dias, e às vezes uma agonia por não conseguir encher todo o meu pulmão de ar! Tirando isso, ainda não levanto no meio da noite pra ir ao banheiro, me sinto bem disposta, continuo dando aula de dança (só uma hora por semana), fazendo yoga (específica pra gestantes – uma maravilha!) e semana que vem pretendo começar aula de hidro também pra gestantes com um fisioterapeuta (pagas pelo governo, que beleza!) aqui perto de casa. Não deve ser à toa que minha coluna nunca mais doeu (foi única aquela vez que mencionei aqui no blog, e tenho pra mim que não tinha a ver com a gravidez).

Enfim, o Caio se mexe aqui dentro e eu me mexo aqui fora pra me preparar da melhor maneira possível pra chegada desse carinha já tão especial pra gente!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chá de bebê n. 1

Neste domingo foi meu primeiro chá de bebê! Digo primeiro porque, aproveitando que a Traysi, professora de dança do ventre com quem eu trabalho, também está grávida, resolvemos fazer juntas um chá de bebê para as meninas da dança. Em janeiro devo fazer mais um, pras outras amigas, e ainda um virtual (mas real) pra galera do Brasil, na casa da mãe!

Bom, primeiro tenho que dizer que eu acho meio doido como os chás de bebês são feitos hoje em dia, tanto no Brasil quanto na Nova Zelândia. Antes, a futura mamãe oferecia um lanche pras amigas que, em troca (assim eu entendo), traziam presentinhos pro bebê. Hoje, pede-se às convidadas que tragam não só um presente, mas a comida e bebida também! Eu sei que é o costume e que (quase) todo mundo faz assim, mas eu acho esse costume meio “escalão” demais (no sentido de “se escalar” nas pessoas, gíria da minha adolescência, hehe). Fora que cada um trazendo um prato de comida, fica aquela comidarada toda sobrando ao final... Em princípio, não é muito a minha praia, tanto que quando organizei o chá de bebê da Dani, contei com a ajuda da família apenas (mãe, irmã, sogra) e não pedi às outras convidadas pra trazerem comida. Foi na minha casa; me senti melhor assim!

Uma coisa que é de praxe hoje e que eu acho legal é ter uma outra pessoa organizando o chá pra ti. No nosso caso, meu e da Traysi, foi a Nikki, umas das minhas maiores parceiras de dança por aqui.

Como éramos duas mães homenageadas, eu já estava até com pena das meninas – comida, bebida, dois presentes... haja dinheiro!! Eu cheguei a comentar com a Nikki e a Traysi do meu ponto de vista, e a Nikki então deixou as pessoas bem à vontade pra trazerem comida juntas (digo, não um prato cada uma). Ainda assim, sobrou um monte!

Quanto à questão dos dois presentes, também foi dada opção: pra quem preferisse, haveria dois “wishing wells”, um pra cada uma, com envelopes disponíveis, em que as meninas poderiam contribuir com qualquer quantia em dinheiro, e assim nós escolheríamos o que comprar! Isso é muito bom – recebi envelopes com desde $5 até $50. Com o total já comprei uma cômoda pro quarto do Caio, e ainda sobrou pro trocador, pra colocar em cima da cômoda!

Aliás, o bom é justamente dar a opção, pois também adorei os presentes que ganhei – exatamente coisas que eu não tinha! Brinquedinhos pro Caio, xampu, sabonete, creme, óleo...uma beleza!

A gente resolveu não fazer jogos e brincadeiras. Foi uma opção da Traysi que não me incomodou em nada. Passamos uma tarde de sol superagradável, conversando, comendo, brincando com as crianças, com o cachorro, batendo fotos!

Mesmo tendo muitas meninas da dança que não foram, cheguei em casa cheia de sacolas, com comida e dinheiro no bolso! O De, ao ver tudo, falou: “Uhuuu, ainda bem que é só o primeiro!” J

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Acorda, Caio, papai chegou!

Há dois dias tive mais um encontro com a midwife. Só aí contei pra ela da semana da ziquizira. Ela acha ótimo como eu logo sinto alterações no meu corpo e como sou proativa.

Fiz os exames de praxe – pressão, urina (pra nível de açúcar e proteína) –, ela checou se minhas mãos e pés apresentam inchaço (não apresentam), a posição e tamanho do útero (estão ótimos!) e o batimento cardíaco do Caio, que estava em 140 – 145 bpm. Me disse também que a alteração do batimento é bom sinal, que significa que ele está bem saudável e ativo. E só de apalpar a barriga ela sabe dizer a posição do bebê! O Caio estava de cabeça pra baixo, com o corpinho mais à minha direita e as perninhas, chutando, à esquerda!

Depois ela me deu o pedido pra exame de urina em laboratório, pra confirmar que a infecção urinária está totalmente curada, e também pra um exame de sangue que toda grávida faz em torno das 26 semanas por aqui pra ver o nível de glicose e confirmar se não há o desenvolvimento de diabete gestacional.

Como sempre, me pesei, mas não vou dizer o peso, porque os números assustam e parecem não corresponder com a imagem que tenho no momento. Claro que engordei, mas continuo “magra”, com braços e pernas finos, e me sentindo bem. Mas se penso nos números, fico apavorada. Por isso, fiquem com minhas fotos! Hehehe J

Saímos de lá, é claro, felizes mais uma vez! Eu sempre penso que queria ter em casa esses aparelhinhos de escutar o coração. É tão legal!! Mas com tanta coisa pra adquirir, acho que isso não tem prioridade, né?

Ah, o De aproveitou pra perguntar pra ela se apalpando a barriga dá pra acordar o Caio, porque agora que os chutinhos estão mais fortes, o De sente facilmente. A Antonia não só disse que sim como disse que ele não precisa ter medo de colocar uma pressãozinha! Eu mereço!! Agora o De quer sempre dar umas cutucadas na minha barriga pra se comunicar com o Caio, pode?! O que a gente não faz pelo vínculo pai-filho?!

domingo, 6 de novembro de 2011

Lá vem, lá vem...


Quando fomos pra Gisborne, na costa Leste da NZ, ficamos na casa de um casal brasileiro que nem conhecíamos ainda, amigos da Cris e do Felipe. Mas sabe como é amigo de amigo, foi ótimo o fim de semana que nós seis passamos lá. Aí, no último dia, estávamos na frente da casa quando uma senhora, a vizinha, se aproximou e entregou ao Pasqual um cd da coleção Putumayo de músicas brasileiras pra crianças. Assim que a vizinha foi embora, ele perguntou se eu queria ficar com o cd. É claro que sim! Eu sempre adorei as coletâneas da Putumayo!

No entanto, foi só esta semana que parei pra realmente ouvir o cd. Até tinha dado uma olhada rápida nas músicas, vários nomes novos de cantores pra mim, não me detive muito nisso. Bom, eu já tinha curtido o cd e já estava imaginando que o Caio também ia curtir, até que chegou na última música. Cantada pelo Paulinho Moska, que é um cantor que eu gosto, com um coral de crianças, quando a música começou eu já me arrepiei – me lembrava a minha própria infância: Marinheiro Só (dá pra ouvir um pouquinho no link acima)! Aí fiquei imaginando eu e Caio escutando juntos e eu ensinando ele a fazer o backing vocal: “marinheiro só”.... “marinheiro só”. Ele com aquele jeitinho de criança...! Ai, que fofura! Quando dei por mim, estava cantando e chorando ao mesmo tempo! Estou assim – me emociono só de pensar nos momentos a serem vividos com o Caio! J

Depois ainda tirei a música no violão pra gente poder fazer nossas próprias versões!
Eu tenho umas fitas cassetes (que agora passei pra mp3) gravadas pelo pai comigo quando eu tinha 2 e 3 anos de idade pra mandar pra tia Perpétua, minha madrinha, que estava morando em Londres na época. Na primeira fita, eu contei, canto 14 músicas diferentes. É certo que foi uma coisa que sempre gostei! E não vai ser por falta de estímulo que o Caio também não vai curtir muuuito!

Adoro a expectativa do futuro!