Bom, como o
último post deu azo a uma ótima conversa sobre o sono dos bebês e técnicas para
ensiná-los a dormir, resolvi desenvolver mais o assunto num post só sobre isso.
Calhou de
eu ter ido quinta passada numa “sleep talk” com uma especialista em sono e
hábitos de dormir de bebês. Além disso, li de novo o capítulo sobre o tema do
livro “Os segredos de uma encantadora de bebês”, da Tracy Hogg, que eu
sinceramente acho o melhor livro sobre bebês que existe (tá bom, não li tantos
assim...!)! Sigo várias dicas dela – que argumenta muito bem pra tudo o que ela
sugere mas ainda mantém uma certa flexibilidade – e estou bem feliz com a
rotina e hábitos que eu e Caio estabelecemos.
Até dormir,
que se tornou um desafio por uma ou duas semanas, como eu comentei no último
post, rapidinho ficou fácil de novo!
Eu
expliquei que à noitinha colocava o Caio na cama dele acordado e ele dormia
sozinho. E que nas dormidas diurnas, depois de eu acalmá-lo no colo, com as
palminhas na bunda e cantando uma musiquinha, quando ia colocá-lo no berço –
ele ainda acordado – ele despertava legal.
Pois eu
confirmei, tanto no livro quando no talk,
que acalmá-lo antes não é um problema. Ao contrário, pode até ser bom ter essa
rotina pras situações em que o bebê vai dormir fora de casa, em viagens ou na
casa dos avós. Afinal essa é uma “rotina portátil”! O meu erro era que eu
estava demorando demais pra colocar o Caio na cama; estava fazendo isso quando
ele estava quase dormindo demais, se é que vocês me entendem! Agora sou mais
rápida nesse processo – apenas o aconchego rapidamente no colo e explico pra
ele que é hora de dormir – , e se acho que ele já está relativamente calmo, nem
o faço. Ponho ele direto na caminha, às vezes canto, às vezes não, e digo que
vai ser bom pra ele dormir, que ele vai acordar se sentindo melhor, revigorado,
etc., etc. Sempre mando o mesmo discurso (sugestão da encantadora de bebês).
Tem funcionado muito bem! Ele reclama um pouco, mas dorme sozinho, o que tem
acontecido cada vez em menos tempo!
Outra
mudança que eu fiz, esta sugerida pela especialista neozelandesa e na mesma
semana pela minha chefe, mãe de três filhos, foi enrolar o Caio num cueiro
também antes das sonecas diurnas (na da noite eu já fazia isso. Aliás, enrolo
mas sem prender os bracinhos). Como o Caio aprendeu a tirar o bico da boca com
a mão, mas não sabe ainda por de volta, resolvi tentar prendendo os bracinhos,
só que de leve, de forma que se ele quiser ele consiga tirar (o que de fato
acontece quando ele acorda – ao chegar no berço para pegá-lo, ele já está com
os bracinhos pra fora). Aqui o pessoal coloca os braços do bebê pra dentro do wrapping na boa; eu é que fico meio
assim. O fato é que superfuncionou! Inclusive Caio dorme mais rápido quando os
bracinhos estão pra dentro, tenho que admitir.
Eu tentei
baixar o livro Nana Nenê, sugerido a mim por muita gente, mas não consegui. Pelo
que eu vi, tem bastante coisa em comum entre as sugestões desse livro e as do
livro da encantadora de bebês (por exemplo, a rotina “comer, brincar e dormir”,
que eu sigo. Não com horários rígidos estabelecidos, mas sim a ordem dos
acontecimentos). Cheguei a ler críticas contra o método de deixar chorar (que
eu sou contra, e não conseguiria fazer; talvez por no máximo uns minutinhos),
mas não tenho certeza se este método é sugerido pelo Nana Nenê. De qualquer
forma, eu sei que minhas amigas que seguiram o método do livro voltavam ao
quarto do bebê para assegurá-lo de que estava tudo bem (e dar o bico, se fosse
o caso), o que eu acho fundamental.
Alguém
mencionou pra mim esses dias uma pesquisa feita com bebês que eram deixados
chorando até dormir (choravam, por exemplo, 40 minutos na primeira noite,
depois 20 minutos, depois já nem choravam mais). Descobriu-se que mesmo quando
eles já não choravam mais, os batimentos de seu coração estavam disparados,
tamanho o stress e a ansiedade que deixar
chorar causa neles. [Foste tu quem me contou, Cris?]
Enfim, eu
sei que as concepções do que é certo ou errado vivem mudando. Cabe a nós,
mamães, nos informarmos bem e fazermos nossas escolhas, seguirmos nossos
instintos. Eu tenho seguido o meu e tem dado certo!